Os protestos que marcaram o primeiro dia da Copa do Mundo no Brasil foram rapidamente reprimidos pela polícia.
“Quinze minutos depois de os protestos começarem, eles foram suprimidos pelas forças de segurança do Estado”, disse Paula Martins, diretora da ARTIGO 19 para a América do Sul.
“A repressão iniciou com a polícia revistando as pessoas e fazendo bloqueios na área da Estação Carrão do metrô.
Depois, a polícia começou a formar barreiras e os policiais usaram armas menos letais, como balas de borracha e gás lacrimogêneo,” acrescentou.
“Até o momento, dois repórteres foram feridos, inclusive uma jornalista da CNN. Pelo menos três manifestantes foram presos.”
Depois de dispersados, muitos manifestantes se uniram a um protesto do sindicato dos metroviários. Os policiais se dirigiram então à sede do sindicato, onde encurralaram manifestantes feridos.
A polícia se encontra agora do lado de fora do prédio, ameaçando forçar a entrada a qualquer momento.
Desde as manifestações de junho de 2013, intensificou-se visivelmente o uso de força excessiva por parte dos serviços de segurança do Estado, como forma de reprimir as manifestações generalizadas.
A ARTIGO 19 condena as ações de repressão e a violência policial voltadas a impedir a liberdade de expressão nos protestos durante a Copa do Mundo.
É imprescindível que um país democrático propicie espaço para a expressão de todas as opiniões.